O Francisco, o coelho dos meus pais, eterno companheiro do Tobias, nao resistiu a complicações com a anestesia durante uma cirurgia aos dentes. Já nao era a primeira vez que a fazia e nao esperávamos isto.
Fica a dor de não nos termos realmente despedido.
A saudade do teu olhar, a saudade de te ver pedir banana quando me vias com uma, a saudade de nao poder voltar a mergulhar os dedos no teu pêlo quentinho, de encostar a minha cara contra a tua quando ninguém mais o fazia.
Fica a dor de nunca mais te ouvir a escavar no fundo da gaiola à procura de só tu sabias o quê.
Fica a dor de olhar para o teu dono e ver um homem de 50 anos com o olhar perdido, de quem perdeu o seu fiel amigo.
Francisco, quando as portas do céu se abrirem para nós, esperamos lá ver te à nossa espera. Nao vamos dizer adeus, mas sim, até um dia.
Francisco
29/12/2006 - 20/01/2010